quarta-feira, 2 de abril de 2014

1582 - Soneto do diabo-da-tasmânia

Diabo nada, sou de Jesus!

O diabo-da-tasmânia, um predador
Certeiro, mas queria mais morrer
Com esse nome. Dava um poder,
Certo, mas fazia sentir um pecador.

É que o diabo era cristão de fervor
Acentuado e ser diabo era perder
Um pouco do crédito com o Ser
Superior. Uma contradição maior.

Ser diabo e ser cristão, que dilema!
E ainda que fosse um estratagema,
Ser diabo brigava feio com sua fé.

Um dia, Deus teve com ele e disse:
Diabo, deixa de lado essa carolice,
Seja diabo, eu seu que bom você é.

Francisco Libânio,
01/04/13, 8:39 AM

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