Nunca se calar.
Calar-se diante do mal, da injustiça,
Da insensatez e da desumanidade
Não te dá esse ar de superioridade
Nem te garante qualquer premissa
De não misturar política à sua liça.
Prefiro manter a minha vulgaridade
E mostrar o desgosto de verdade
A guardar essa sabedoria postiça
Dos que preferem nunca se meter
Naquilo que não se pode mexer.
Prefiro gritar contra coisa errada,
Abrir o olho de dez a pôr centena
Alheia a tudo que mais dá pena
Ou indigna. Nunca à voz calada.
Francisco Libânio,
18/01/14, 12:59 PM
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