Às vezes, o soneto chega assim. Como quem não quer nada.
Escreve um soneto. Vá lá! Perfeito!
Hoje não tem inspiração, tudo bem!
Deixa que o soneto de pouco vem
E surpreende o poeta tão suspeito
E tão descrente que esse seu feito
Possa dar certo. Mas se até alguém
Apareceu o chamando de meu bem
Sem planejamento, pode ter efeito
Escrever e o soneto vir. E ele chega,
Pede licença, se coloca e se entrega,
Presa fácil, falta só o poeta conferir
E anotar. Mais um soneto pra conta!
Ele, como mulher que surge, apronta
Fazendo apaixonar e fazendo sorrir.
Francisco Libânio,
10/12/12, 1:09 PM
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