Pelo menos ocupa a mão, no caso dele. Mas como sou canhoto...
Escrever, um exercício ingrato,
A poesia custa a vir ao papel
E o poeta o usa por coquetel
Para combater o mau destrato
Que é a solidão e o mau fato
Que é o tesão, muito mais fel
Para ele que a doçura do mel,
Pois que se corte esse barato,
Em vez de pensar nos peitos
Nus soneteia-se e os efeitos
Do tesão acabam amainados,
Mas não cessam, é o que quer?
Não. Talvez o soneto dê prazer
E o gozo aqui tão aprisionados.
Francisco Libânio,
15/05/14, 9:36 AM
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