Augusto dos Anjos também não ficou rico sendo poeta. e era melhor que eu.
E se meus versos forem, somente,
Lazer de poeta sem algum retorno
Financeiro, afetivo, o troço morno
Que mal é lido e se deixa contente
Quem lê é porque, qualitativamente
Não achou melhor? Há o transtorno
Poético-pessoal. Há coisa no forno
Esperando ser conhecido pela gente
Das leituras. Claro, não sou Vinicius,
Tenho contra a métrica meus vícios
E volta e meia enfio uma grosseria.
Se for lazer de poeta, permito-o ser,
Pois se escrever não der um prazer
Mínimo, que se revogue toda poesia.
Francisco Libânio,
30/04/14, 12:04 PM
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