sexta-feira, 22 de abril de 2011
Soneto de Sexta-Feira Santa
E nesse dia, segundo consta, morreu um Homem,
Como morreram tantos outros anos no mesmo dia,
Com a mesma violência e o prazer que consomem
Os homens que matam por mero gosto da agonia,
Mas aquele Homem que morreu, olha, enquanto jazia
Perdoava seus algozes! E o fez para que assomem,
Em outros homens, o exemplo e a atitude que fazia,
Mas poucos o fizeram. O homem continuou homem,
Continuou matando outros homens pra seu prazer,
Para se mostrar superior, para impor uma condição
E – absurdo! – até usaram o nome do Homem pra matar
E vem a Sexta-Feira Santa, sempre a nos reavivar,
De novo, a morte do Homem, a cruz e o perdão,
Quem sabe numa delas, os homens irão entender?
Francisco Libânio,
22/04/11, 11:25 PM
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Um comentário:
olá, libânio
sua poesia é magistral
como acordes
um beijo,
feliz páscoa,
Jesus te ilumine!
do menino-homem
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