terça-feira, 12 de abril de 2011
Soneto ao Destempero
Diga lá, Destempero, íntimo inimigo
Odiado, mas que quero ter por perto,
Responsável por todo meu desacerto
E pelo universo a girar em meu umbigo
Não me agrada tê-lo comigo, é certo,
Fazes mal, destróis, acaba comigo;
Por tua culpa perco a cabeça, brigo,
Desconcentro-me, mas também me alerto
Sei quais passos que não devo dar,
Aprendo doloridamente o meu lugar
E, enfim, reconheço-te um professor
Que quero comigo, como já tinha dito,
Mas distante, discreto e bem restrito
Para que em teu agir eu me faça melhor.
Francisco Libânio,
12/04/11, 8:08 PM
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Um comentário:
Também convivo com o meu, que por sinal anda mais alerta que há um tempo a traz, não sei se me faz bem ou mal, por vezes acho que mexe demais comigo, pois meu estômago dói cada vez que meu destempero resolve se amargar.
Mas com certeza, aprendemos muito com ele.
Boa quarta!
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