terça-feira, 28 de abril de 2015

1858 - Soneto da primeira nudez

E eu que nunca tinha a visto nua
Como nu ela também não me viu,
Senti àquela hora algo mais febril,
A custo tirei a camisa. “Continua!”

Ela disse como se nudez fosse sua
Parte preferida nua no amor. O ardil
Do incentivo funcionou e se seguiu
Meu strip-tease, manifestação crua,

Sem sensualidade e com um medo
De desagradar, de ser só arremedo
De sensualidade. Nada. A aprovação

Dela e sua nudez sendo a novidade
Outra que contemplei com felicidade
Mataram timidez e cerraram atração.

Francisco Libânio,
25/04/15, 3:00 PM

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