sexta-feira, 17 de abril de 2015

1841 - Soneto rebelde sem causa

Sai na rua e a fazer protesto,
É apartidário, mas nem sabe
O que é isso. Acha que cabe
Só o fato de achar desonesto

O chefe arrancá-lo. Manifesto
Não-sabe faz que mais babe
O sujeito a vociferar que acabe
Ele a ter razão. Sob cabresto

De algo ou alguém ele ressoa
Gritos de ordem e a coisa boa
De tudo se esvai. Fica o boçal

Querendo o que não pode ter,
Ofendendo como fosse o lazer
Sem ver que pede coisa ilegal.

Francisco Libânio,
18/03/15, 1:33 PM  

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