Renda-se e aceite a derrota!
O serpentário, ave com cara de boba,
De boba tinha só a cara. Era durona,
Enfrentava no peito cobras e na lona
Punha as danadas. Com elas, o soba,
O rei da parada era ele. Sem oba-oba,
O serpentário era a ave mais brigona,
Fazia das serpentes rango e, glutona,
Uma não bastava. Mas de tão proba,
A ave, na luta, era honesta e correta.
E se a serpente jogava sujo, a dileta
Ave lutava na limpa e batia a trapaça
Do oponente. O estômago tinha brio,
Vencer na desonestidade dava fastio,
Por isso a dignidade durante a caça.
Francisco Libânio,
02/03/14, 3:51 PM
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