terça-feira, 19 de janeiro de 2010
59 - Escrevo sonetos por comodismo
Escrevo sonetos por comodismo
Puro e ainda assim nem sonetos
São direito, mas frutos de banditismo
Poético, mas ao menos são corretos
Escrevo sonetos a acalmar os inquietos
Instintos de rima, esse pedantismo
Meu de vê-los parecidos, obsoletos,
Mas que me salva de um cataclismo
Que é esta vil fobia do verso branco
E que a sonetos de mim mesmo arranco,
Pois se me é fácil e confortável a rima
Deixe-se assim, mas de já prometo
Tentar fazer livre a poesia do soneto
Mas não será a próxima. Talvez a última.
Francisco Libânio,
01/09/09, 12:25 AM
Figura extraída de http://www.hec.fr/var/fre/storage/images/media/images/fr/doctorat/ecrire/137904-1-fre-FR/Ecrire.jpg
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3 comentários:
Belo "Poema" meu caro...Descritivo e crítico, com suave ritmo de leitura...Parabéns, poeta! Saudações. Ciro!
Caro poeta...
O soneto nos prende com suas limitações, às vezes precisando de emendas. As rimas alternadas lutam com os versos brancos, pois difícil é falar de sentimento com tempo marcado pelo ritmo, pelas rimas poéticas.
Fiz um soneto de saudade outro dia no meu blog, peço licença para deixá-lo aqui, para que possa aparar as arestas do que sobrou e preencher o que ainda falta...
SAUDADE
A saudade é cheia de lágrimas
E cheia de sorrisos escondidos,
É como um poema sem rimas,
Mas música para nossos ouvidos.
Sentimento que queremos ter,
Mas não queremos sentir,
Paradoxo difícil de entender,
Isso não dá para discutir.
Tenho saudade do que senti,
Sinto falta do que será
E medo do que acontecerá.
Só de uma coisa não tenho medo
E disso não faço segredo:
Nunca vou me esquecer de você.
Chris Amag
http://chrisamag.blogspot.com/2010/01/saudade.html
OI Francisco, amei seu blog, adoro escrever sonetos tb, espero sempre poder apreciar o q vc escreve, bjos.
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