Eu, me preocupar?
A girafa comia dos arvoredos
Só as folhas altas e, altaneira,
Sobrevivia à incansável zoeira
Dos baixinhos, os arremedos
Dos chatos que, tão azedos
Em comer a refeição rasteira,
Desejavam a ela a caganeira
Pior. A girafa, sem ter medos,
Seguia comendo em boa paz,
Não olhava pra baixo, pra trás
Nem pro lado e, sem desacato,
Se a enchiam demais, a girafa,
Lembrava o desejo sem estafa
E cagava na cabeça do chato.
Francisco Libânio,
18/02/14, 12:09 PM
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