sexta-feira, 27 de maio de 2011

Soneto de Macaé


Num sonho, meu sono vinha de Minas
Navegando pelo Doce e ao chegar ao Rio
Desaguava, virava fachos de luz num pavio,
Explodiam, festival de sons, luzes. Trinas

De ruídos alegres, eram vozes femininas,
A praia toda festejava, havia ali um cio,
Uma felicidade enorme, quase um desvario,
Era você surgindo das águas cristalinas

Cuidando do meu sono, embalando-o ao colo
E numa praia, agora ilha, punha-me ao solo
Velando para que eu dormisse em santa paz

Minas, Rio, praia, você... Tudo ficou pra trás,
Eu acordava, minha cama era aquela ilha
O sono, o sonho, tudo era terrível armadilha.

Francisco Libânio,
21/05/11, 11:38 PM

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