sábado, 28 de maio de 2011
Mattosianas 065 - Dos que dormem nas calçadas
De manhã, no ponto de ônibus, eu vejo,
Perto alguns mendigos curtindo o sono
No chão frio da manhã fria e o ressono
Deles ouço. Esporádico, vem um bocejo
Já no ônibus, um ao lado, num lampejo
De imbecilidade digno de rei no trono,
Critica o sono deles como fosse abono
De boa vida como se fosse benfazejo
Esse sono ou como fosse o descanso,
Mas não pensa o tal na duríssima vida
Do que dorme numa situação sofrida,
Claro, a vida deles é folga e é manso
O dia-a-dia. Não sofrem sendo escória
Nem dormir é medo e acordar é vitória.
Francisco Libânio,
25/05/11, 8:52 PM
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