Só nos domingos é que não tem namoro.
Ela é corintiana doente; ele santista
Assumido de bater cartão lá na Vila.
Nos dias de jogo, o desdém destila,
O carinho se suspende e, altruísta
Que era, lega algo tanto revanchista
Para a próxima partida. Amor oscila,
Até. Aquela paixão quase descarrila,
Mas no apito final, tudo se despista,
O futebol retorna ao segundo plano,
O amor do casal sobrepõe soberano
O azedume que provocou a situação.
Opostos se atraem, a Física e a Vida
Pregam e eles curam essa tal ferida
Futebolística, mas permite gozação.
Francisco Libânio,
09/06/14, 12:35 PM
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