A sujeira dá um toque especial nessa aragem.
Há um soneto entranhado em mim
E muita coisa que o deixa soterrado.
Escrevê-lo até me põe em agrado,
Só que vira um desenterrar sem fim,
Mas qual se faz para ter um jardim,
Tira-se mato, põe as pragas de lado,
Analisa o solo, deixa-o preparado
E então semeia-se as flores enfim.
É porqueira demais sobre o soneto,
Indiscrição, malícia, aqui está repleto
De sujeira que não ficaria muito bem
Num poema. Usa-se como adubo
E deixa fluir no soneto que incubo
Uma beleza que nenhum outro tem.
Francisco Libânio,
25/05/13, 6:26 PM
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