Abre-se o soneto. Tome um verso
E outro. E forma-se a quadrinha,
E até lá em quantas se definha
Uma boa ideia. Já fiquei disperso,
Já desisti, fiquei horas submerso
Até chegar o final da quarta linha,
E já teve vez que ela nunca vinha
E virava um jogo triste e perverso,
Mas, em geral, na primeira quadra
O soneto se apresenta e enquadra
O que vem por aí. Precisa seduzir,
Precisa prender usando o encanto,
O poeta bem sabe disso, entretanto
É essa a parte mais difícil de sair.
Francisco Libânio,
10/08/12, 10:11 AM
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