quarta-feira, 23 de maio de 2012

0130 - Soneto da cachoeira ladroeira 02


E aliviados, sopram-lhe obrigados secretos,
Mas sem a compostura diante dos eleitores
Perder. É preciso pose de bons inquisidores
Diante de acusada de negócios tão abjetos

Ou solta toda a verdade, dá nomes completos
E CPF de corrompidos e outros corruptores
Ou faremos, nós, arautos, sentires as dores
Da Lei, gritam-lhe com os dedos a ele eretos

A cachoeira abusa do direito de ficar calada,
Nada digo, nada direi, esta fonte está fechada
Enquanto os arautos insistem. Parece em vão,

Mas não é. A cachoeira cede aos arautos, pois.
Querem mesmo os nomes de todos os bois?
E eles, em uníssono, gritam sonoríssimos Não!

Francisco Libânio,
23/05/12, 2:23 PM

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