terça-feira, 14 de junho de 2011
As ruas 05
Depois de dois dias sem escrever, à caneta,
Pus-me a rascunhar alguns vadios versinhos,
Nada espetacular, apenas uns descaminhos
Que em meu poema tem voz boa e completa
Olho minha rua, ela está lá, molhada, quieta,
Nem sabe que eu escrevo. Estamos sozinhos,
Ela lá pavimentada com poças por laguinhos
Onde a passarada, com sede, se locupleta
Eu, aqui, não estou molhado. Estou quieto,
Sei mais da minha rua que ela sabe de mim,
Somos pouco parecidos, mas algo no fim
Nos aproxima. Os passarinhos que, lá fora,
Bebem água dos laguinhos na rua empoçados
Nesses vadios versinhos ficam imortalizados.
Francisco Libânio,
14/06/11, 6:38 PM
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2 comentários:
Ah muito lindo esse poema!
Por mais vadio que o ache.
hehe
Amei simplismente simples e gostoso de ler esses seus poemas vadios.
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